Aliados do presidente do PV, José Luiz Penna, iniciaram ofensiva para tentar sufocar o grupo da ex-presidenciável Marina Silva na disputa pelo comando do partido.
Os “pennistas” querem esvaziar a rebelião liderada pela ex-senadora e ameaçam punir Marina e o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) pelos ataques ao dirigente, que preside a sigla desde 1999.
Em manifesto na internet, apoiadores de Penna defendem a instalação de uma comissão de ética para enquadrar os dois por desobediência e atitude contra a “boa imagem partidária”.
O texto é assinado por Betânia Advíncola, secretária de organização do PV em Pernambuco, mas tem sido divulgado em redes sociais por Patrícia Penna, mulher do presidente da legenda.
“Reconhecemos a força de Marina, mas o partido é maior do que ela. Não podemos ficar reféns de ameaças”, disse Advíncola, referindo-se à possibilidade de a ex-senadora deixar a sigla.
“Penna não assinou porque ia parecer personalismo. Seria desagradável para ele pedir uma punição porque o chamaram de ditador.”
Em outra frente, o diretório do PV na capital paulista convocou reunião no sábado no mesmo horário de um ato marcado pelos “marineiros”.
GUERRA CARTORIAL
Para Sirkis, a iniciativa tem como objetivo esvaziar a reunião do grupo.
“É uma tentativa truculenta de impedir o debate no partido. Penna quer liderar uma guerra cartorial contra a democratização do PV”, disse o deputado.
Marina programou uma série de viagens pelo país para tentar mobilizar as bases do partido contra Penna. Ela tenta reverter a vantagem do dirigente na Executiva Nacional, que prorrogou seu mandato por mais um ano.
Depois da reunião em São Paulo, ela programou ato no Rio, no domingo, e em Salvador, na próxima semana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário