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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Governo decide cortar ponto de professores em greve. Medida foi anunciada após docentes negarem nova proposta feita pelo Executivo.

Os professores da rede estadual não aceitaram a nova proposta do Governo do Estado e decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Em resposta, o secretário chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso, anunciou que vai cortar o ponto dos docentes que não voltarem ao trabalho. A nota encaminhada ao Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte/RN) pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura ontem afirmava que aquele era "o último posicionamento acerca dos pleitos da categoria". Uma nova assembleia está marcada para a próxima sexta-feira, para definir os rumos da negociação.
Paulo de Tarso lamentou a decisão dos professores e confirmou que essa foi a última proposta do Governo do Estado. "Não temos como negociar mais. Compete agora ao sindicato e aos grevistas decidirem os rumos dessa greve. O governo fez o que pode", afirmou. O secretário disse ainda que os dias dos professores que estão parados não serão pagos. "É injusto com os profissionais que estão trabalhando que sejam pagos os dias dos que estão paralisados", afirmou.
A novidade da última proposta do governo é a implementação dos 30% referentes à primeira parcela do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Órgãos da Administração Direta aos profissionais da educação. Além disso, o Executivo reiterou a proposta já apresentada, em que assegura, de imediato, a implantação do Piso Salarial Nacional do Magistério e o aumento real de 34% no vencimento de todos os profissionais do magistério da ativa e também dos inativos, de forma progressiva e negociada, em quatro parcelas. O governo também se comprometeu a pagar 40% do 13º salário ainda no mês de junho e afirmou que "temas como pagamento de contratos temporários, estagiários, aposentadorias, horas suplementares e concurso público estão sendo equacionados pela Secretaria de Educação e Cultura".
De acordo com o coordenador geral do Sinte/RN, José Teixeira da Silva, a decisão de manter a greve foi tomada quase por unanimidade entre os professores presentes. Segundo ele, os profissionais não aceitam o pagamento escalonado do aumento salarial de 34%. "Nós queremos o cumprimento imediato do piso. A assembleia foi muito representativa e com aquela proposta apresentada pelo governo não tem acordo", disse. A próxima assembleia está marcada para sexta-feira. "Se até lá o governo não apresentar uma nova proposta, nós iremos deliberar sobre as manifestações do movimento grevista", afirmou José Teixeira.
Fonte: DN

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